Motim é uma banda de Curitiba maisoumenos nova. No som convergem muitas influências, metal, hardcore e noias. Isso dá identidade pra banda. Abrem os sons "Saudade". Musica de lamento. Letra fala sobre perder e sentir dor. Vai do começo ao fim numa vibe leve, os dois vocais urram. O primeiro som já denota o tom daquilo que está por vir. Uma característica notável na banda são os "coros" cantados pelos dois vocalistas não exatamente berrados, lembra os antigos Libertinagem. Segunda faixa, peso e noias. Os vocais guturais aparecem. A letra fala sobre o vir-a-ser, o movimento dialético. Na referência "somos resultado de tudo que nos cerca". Filosóficamente excelente.
Faixa três é "Enchente" sobre os desastres naturais recentes. Uma entrada média, segue para um blast e encerra com beleza e uma marchinha. A quarta tem um puta clima. É outra característica da banda, transmite uma sinceridade fudida. Nessa peso e melancolia, guturais e falas. "Ponteiros", a quinta, desesperadona, fodassa. Critica o tempo na sociedade moderna. Validação do passado ou ode ao pragmatismo? Não sei se entendi.
A última "Viver Fim", falando sobre a depressão, a doença, os remédios e a fuga do real. Belo som e tópico, liga-se com o tema geral do EP. Enfim, vale a pena conhecer a jovem banda. Tem conteúdo. A gravação do Lucas (Passagem de Som) sempre boa, simples mas boa. A única coisa que eu insistiria no lugar dele, sem querer soar Rick Bonadio, seria inserir uma distroção mais suja e pesada no baixo. Daria um toque de podridão muito belo à textura do som da banda. Avante Motim!
2 comentários:
piazada bonita!
po, eu poderia incluir essa opinião na resenha né? hehehe
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